This is ourselves under pressure
- Do notebook: Estou só farta da mesma merda. Estou farta de estar longe. Porque eu tentei sabes? Tu disseste para eu confiar em ti e eu confiei; tu disseste que ia passar e passou - durante uma semana.
Tu disseste que eu ia ficar bem e eu até fiquei. Mas agora não estou porque tu és uma merda.
E eu sei que tu percebes perfeitamente o que te estou a dizer e também sei que o teu maior problema é a puta do teu orgulho. Sei isso tudo - pois sei.
Foda-se de que é que me vale saber?
Posso limpar os pés a esse conhecimento da mesma forma que posso limpá-los à admiração que tens por mim. Não é?
Era só para saberes que as coisas eram mais fáceis para todos os lados dantes. Dantes, dantes, dantes.
Tempo vai, tempo vem. Mas tempo não volta. Também sei isso.
Devia voltar - pois devia.
Aliás, nunca devia ter ido - pois não.
E eu disso até sei. E tu também sabes - muito no fundo. Ou se calhar não é preciso ir tão fundo quanto isso.
Mas no final: de que é que nos serve saber o que sabemos? No final o saber não vale nada. No final, afinal, não sabemos nada.
E isto é o final?
Palavras leva-as o vento. E o que ficou para além das palavras?
Eu sei que nunca gostaste da minha mania de fazer muitas perguntas. Eu sei que achas isso infantil - mas infantil é a tua falta de respostas.
É só isto o que posso dizer.
Tenho saudades nossas.
Não é saudades tuas, nem saudades minhas. Nossas. Lembras-te?
Tenho saudades das vezes em que me agradeceste por alguma coisa.
Tenho saudades foda-se, tenho saudades.Tenho saudades e não sou a miúda forte que dizes que sou. Agora não.
Agora não me apetce.
(Não te esqueças das vezes em que me agradeceste por alguma coisa.)
Vais lembrar-te de me dar os parabéns? Está quase. Está quase e eu tenho saudades. É fodido, porra.
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